segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Tá onde? A saga em busca do japonês perdido

Sabe quando você encontra o restaurante japonês dos seus sonhos? Onde as porções de sashimi e shimeji são à vontade; o preço do rodízio não ultrapassa a marca dos R$ 30; os garçons trazem os pratos rapidamente e não ficam enrolando só porque você pediu o 5º temaki e ainda, como um mimo da casa, eles te dão aperitivos, como camarão empanado ou ostras? Pois é, eu encontrei. Mas o perdi. Vamos à historinha do dia:

Certa noite, eu e Bruno estávamos atrás de um restaurante argentino que eu estava louca para ir. As únicas pistas que tínhamos era que ficava em algum lugar de Moema e a fachada era amarela. Convenhamos: quão difícil é encontrar uma casa com fachada amarela em Moema? E achamos. Só que o local estava tão caído que nem nos apeteceu de entrar. Continuamos a vagar a esmo por aquelas alamedas à espera de que algum milagre nos indicasse o caminho. Até que vimos um sobradinho gracioso que servia rodízio japonês. Achamos que seria uma fortuna dada a localização e a cara do lugar. Não era. Ficamos por lá, e como você leu no primeiro parágrafo, acabamos o elegendo como nosso japa favorito.

Na semana seguinte, a abstinência por temakis bateu de novo. "Vamos no japa de Moema?" Claro! Mais uma vez, ninguém lembrava o endereço nem o nome. Ah, mas nossos corações obstinados por sashimis de salmão nos guiariam o caminho! Entramos na Jurupis, cruzamos a Aratãs, opa, avenida Ibirapuera. Não era por aqui. Contornamos, Nhambiquaras, Jurema, Tupiniquins. Caramba, não tinham esses prédios, não. Perguntamos para um valet de um japonês concorrente. Ele também não sabia. A essa altura, meu estômago já se contorcia de fome e, sempre que eu pensava em desistir, me lembrava do shimeji quentinho... Parecia que o nosso japa se escondia da gente. Por quê? O que fizemos de errado? A ânsia por um mísero sushi era tanta que paramos no primeiro rodízio e entramos. Caro, nada saboroso, sem aquele "it" do nosso.

Nas semanas seguintes, continuamos a saga atrás dele. A cada curva que fazíamos minha cabeça doía, e eu, cega pela fúria, culpava o Bruno por não ter decorado o endereço, e ele, revidava, dizendo que eu era uma louca histérica. Uma hora, meu coração disparou: numa esquina, lá estava o tal sobradinho de paredes vermelhas. Ao chegarmos perto, vimos que era uma pista falsa: o local servia picanha na chapada, nada cru, por sinal. Mais uma vez, vencidos pelo cansaço, desistimos. E nos demos por vencidos. Assumimos que o nosso japa não teria suportado a concorrência ferina do mundo dos rodízios-japa. Hoje, destacam-se as casas que põem mais maionese no temaki ou leite condensado no sushi. Já um simples e generoso restaurante, que distribui porções gratuitas aos clientes, jamais poderia sobreviver.

Porém o destino se fez presente e nosso amigo novamente. Meses depois, uma noite, após jantarmos no hype e apático Koban, voltávamos distraídos para casa. Até que no fim da rua, sim, parecia ter um sobradinho de esquina de paredes vermelhas... Não podia ser... Segurei firme na mão do Bruno. E, sim, finalmente o tínhamos reencontrado! Não poderíamos perdê-lo mais uma vez, então, pedimos um cartão com o endereço certo para nunca mais corrermos o risco de não achá-lo. Parecendo piadinha de mau gosto de japonês, não pude acreditar quando li no folheto o nome do restaurante. Pois é, percebam a ironia fina, ele se chama TAKI.

Taki

Alameda Jauaperi, 271, 5051-4674
http://www.takisushi.com.br/

6 comentários:

Aline disse...

Nossa amiga, e nem chama as amigas pra compartilhar esse achado? Vamos combinar agora que eu descobri o guioza e as coisas sem peixe dentro do restaurante japonês!

Kenia Soares disse...

coma so la agora! vai ficar igual uma japonesinha, sabe como são a pele delas não é! so inhame e peixe!

Anônimo disse...

História verídica, realmente foi mto emocionante encontrar um lugar apos 6 meses!

Júlia disse...

Olha, o Bruno por aqui e comentando! Sério, estou emocionada, amor.

Anônimo disse...

opaaaa
beleeeza
nunca mais chamo pra ir no "hype e apático koban"!!!

eu gosto de lá ok???

pq não me chamam pra ir ao TAKI??heim heim??

adios!

r. disse...

caraaaaaaaaaca!
eu entrei no seu blog e comecei a ler e meu, este é o meu japonês preferido também!!! eu sempre ía com minha namorada. e faz jus à todos os seus argumentos! hehehe.
ah, e claro, já me perdi pra encontrá-lo numa nas primeiras vezes que o visitei! rs
beijos!