sábado, 24 de janeiro de 2009

Bandidas de alta periculosidade

Pode parecer lei de Murphy, mas justo hoje, no meu open-blog, aconteceu A situação emblemática que me lembra o por que eu escolhi esta alcunha para a minha página virtual.

Estava eu, tomando calmamente meu leitinho matutino, quando uma amiga, a Samara*, me liga:
- Oi, Juju, tudo bom? É o seguinte, a polícia apreendeu meu carro, porque minha habilitação venceu. Você tem carta para me ajudar aqui?
- Menina, que desgraça. Molha a mão dos caras, eles querem grana.
- É, nem rola... tô sem um puto!
- Pergunta se você pode pagar com o corpo.
-.....................................
- Tá, tô colandoaê.

Boa amiga que sou, em 20 minutos estava lá. Para minha surpresa, dois policiais sorridentes aguardavam ao lado de Samara, conversando os três empolgadamente sobre a criminalidade no centro de SP. Sei, viu. Intindi porque eles deteram a menina. Para a minha surpresa 2, enquanto guiaria o carro de Samara até o pátio do CET (onde os veículos aguardam julgamento), um policial nos acompanharia dentro do veículo e o outro, no carro da PM, nos ESCOLTARIA até lá. Cool. O PM Gerson*, que iria conosco, já entrou folgando, "meninas, não se assustem com a minha arma", mandando abaixar o vidro, pois ele precisaria de MOBILIDADE em caso de OCORRÊNCIA. Eu, como esperta que sou, pensando que era pegadinha, disse: "Seu guarda, por favor, ponha o cinto", mas ele alegou, de novo, que precisaria de MOBILIDADE em caso de OCORRÊNCIA. Opa, ok, então, esse daí like to move, move, pensei comigo.

Como estávamos com os homens da lei, eles deixaram eu dar ré na calçada do Teatro Municipal e nem precisei esperar no farol: PM Luciano*, esperto que era, me ultrapassou e segurou todos os carros da outra pista para eu passar. Um gentleman. Dirigir com o policial ao lado me proporcionou prazeres inimagináveis, como ficar com o vidro aberto, sem medo, em plena Praça da Sé. Mas o melhor sentimento, quase uma revanche, foi ver neguinho na miudinha quando tentava me ultrapassar. Uma hora PM Gerson se irritou com um playboy de pick-up grande que quis me fechar, botou o corpo para fora e gritou: "VOCÊ ESPERA, MANO!" Fiz questão de olhar nos olhos do tal apressado e gritei: "RÁAAAAA". Minha vontade, na bem da verdade, era berrar, "CHUPA, SEU PAUNOCU", mas me contive porque PM Gerson, apesar de bem amigável, ainda assim poderia me autuar por tirar as mãos do volante para mostrar os dedos do meio.

Depois do passeio e do carro despachado, estávamos no meio da Avenida do Estado, sem eira nem beira, quando, de novo, os policiais fizeram o que se espera da corporação: zelar pelo bem-estar do cidadão pagador de impostos. "Querem uma carona na viatura?", sugeriram. E, ALGUÉM EM SÃ CONSCIÊNCIA, TEM COMO NEGAR UM CONVITE DESSES? E, meninões que eram, ainda deram pirulito para criança: "Querem que eu ligue a sirene?" EBAAAAAAAAAA! Tive a impressão de que se eles perguntassem se eu queria ser algemada, eu teria dito sem pestanejar: SIIIIIIIIIIIIM! Samara ainda aproveitou para sanar algumas dúvidas com os homens da lei. Vocês já deram tiro? Foram baleados? Quanto custa uma arma? Pessoa normal pode ter arma? Se eu for sequestrada como eu escapo do bandido? Na hora de ir embora, tão emocionada que eu fiquei, que bati continência para o PM Luciano e disse "obrigada, seu policial". Samara, astuta que é, conclui nosso passeio: "Só faltou eles usarem ray-ban". I wish.


* Os nomes foram trocados para garantir o anonimato dos personagens.

2 comentários:

Alberto Pereira Jr. disse...

rs.. jujuuu q aventura hein?

Anônimo disse...

trocou o nome??
ahhh mas ficou fácil de adivinhar heimmm
hahahhahahaha

que inveja amiga

devia ter levado sua máquina pra tirar foto e por no orkut!!